segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Os percalços entre os sonhos e as realidades da Comunicação Social

Calouros e veteranos falam das expectativas quanto ao curso e ao mercado de trabalho

Érika Oliveira, Olímpio Vasconcelos, Patrícia Helena Dorileo

Um misto de ansiedade e sonhos toma conta dos alunos do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Mato Grosso. Calouros e veteranos, apesar de terem conhecimentos diferentes em relação à profissão e saberem que há dificuldades nos caminhos a serem percorridos, têm uma paixão que supera essas nuances.

Alunos de Comunicação Social no saguão do Instituto de Linguagens
Entre o primeiro semestre da faculdade e o último, muitas realidades vão aparecendo aos estudantes. As profissões de jornalista, radialista e publicitário têm obstáculos que não são desconhecidos por nenhum estudante, mas os novatos têm expectativas diversas em relação ao curso.


Guilherme Teodoro e Maria Clara Cabral acabaram de ingressar no curso de Jornalismo e esperam que o aprendizado seja completo.


Também cursando o primeiro semestre, Ana Flávia Corrêa desde criança sonhou com o Jornalismo. Diz que sempre escuta os colegas mais experientes falarem sobre problemas estruturais e falta de professores no curso, mas não desanima. “Independentemente de qualquer dificuldade, tenho a intenção de continuar até o fim”.

Busca por melhorias


O Centro Acadêmico de Comunicação Social (CACOS) entende as dificuldades que os estudantes enfrentam durante os quatro anos de graduação. Pensando nisso, a atual gestão, Desamarra, promove discussões com discentes e docentes para solucionar tais problemas. Recentemente, houve uma reunião com a presença de alunos e professores de Jornalismo, a fim de constatar quais são as reivindicações. 

Para amenizar as deficiências, professores foram e continuam sendo contratados pela instituição e obras de infraestrutura são realizadas.  

A visão do formando
O curso de Comunicação Social permite reflexões teóricas que apenas as salas de aula proporcionam. Esta é a opinião da estudante do 7º semestre de Jornalismo, Fernanda Loyd, que já havia passado pelo curso de Publicidade e Propaganda na UNIPAR (Universidade do Paraná) e trabalhado em diversos veículos de comunicação. Ela acredita que “a passagem pela faculdade é imprescindível, pois incentiva discussões, tornando o aluno mais crítico, além de tirar vícios que o mercado de trabalho impõe”.

Próximo à formatura, estudantes passam mais tempo na Universidade 
Fernanda tem uma convicção: “O mercado é cruel em todo lugar. Mesmo sem a exigência do diploma de jornalista e o mercado nivelando os profissionais por baixo, o certificado é valorizado em qualquer veículo de comunicação”.

Há estudantes que notaram as necessidades que o mercado cuiabano apresenta, e resolveram investir no próprio negócio. É o caso de Lumara Dalva, que está na reta final do curso de Rádio e TV da UFMT. Já formada em Publicidade e Propaganda, abriu a Lêmure, sua agência de marketing.

Os alunos enxergam a Universidade como um espaço para troca de experiências entre eles próprios e com os professores, visto que conhecem o mercado e podem ensinar com seus erros e acertos.

Link relacionado

Nenhum comentário:

Postar um comentário