segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Estudantes e o transporte coletivo em Cuiabá

                                                                                              Caio Pimenta e Luiz Henrique

Segundo dados da Associação Matogrossense dos Transportadores Urbanos (MTU), a frota de veículos disponíveis em Cuiabá e Várzea Grande é de 550 veículos. A Prefeitura da capital, por intermédio de concessão, repassou a quatro empresas [Norte Sul Transportes, Pantanal Transportes, União Transporte e Integração Transportes] o direito de operar esse serviço público. Em Cuiabá, 280 mil pessoas utilizam esse meio de transporte diariamente, pagando tarifa de R$ 2,80.



Muitos usuários do transporte coletivo são estudantes. Em 2001, a lei do “Passe Livre”, sancionada pelo então prefeito Roberto França, trouxe benefícios para os estudantes. Para ter direito ao passe livre, o aluno precisa morar, no mínimo, a dois quilometro da sua unidade escolar. De lá pra cá muitas coisas mudaram, como a implementação da bilhetagem eletrônica a partir de 2005, com objetivo de propiciar maior segurança dentro dos ônibus.

Em relatório divulgado no ano de 2013 pela MTU, aproximadamente 50 mil estudantes utilizam o benefício do passe livre. Destes, cerca de 22 mil são estudantes da rede estadual; 21 mil estudantes da rede privada; três mil da rede municipal e 1.161 alunos de instituições federais.


Em Várzea Grande, cidade da região metropolitana de Cuiabá, não há passe livre como na capital. É concedida uma redução de 50% no valor da passagem, e o usuário arca com o restante. A passagem cheia em Várzea Grande é de R$ 2,85. Sara Espírito Santo, 19, é estudante de Publicidade na Universidade Federal de Mato Grosso. Usuária do transporte coletivo, ela afirma que é comum realizar o percurso em pé por estar frequentemente lotado.


Edyeverson Hilário, de 21 anos, é estudante de Jornalismo e também mora em Várzea Grande. Ele reclama das condições de conservação dos veículos e do tempo que leva para chegar à universidade.


Muitos veículos que rodam na capital mato-grossense são antigos e mal conservados. São poucos os ônibus com ar condicionado [ao longo do ano, nas manhãs e tardes, as temperaturas ficam acima dos 30°C]. Muitos carros também são apertados, sem espaço suficiente para movimentação dos passageiros.

Outro problema apontado pelos usuários é o baixo número de veículos nas diversas linhas existentes, o que, consequentemente, deixa os coletivos lotados em horários de pico. Bruno, estudante de Medicina Veterinária na UFMT, aponta os problemas que enfrenta no dia a dia com o transporte público.


Outra alternativa: o VLT
Com a vinda de um grande evento esportivo em Cuiabá, a Copa do Mundo, lançou-se a construção de um novo modelo de transporte, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Ele teria dois eixos, passando por Várzea Grande e Cuiabá. De acordo com o projeto, nos trechos com trilhos não haveria mais circulação de ônibus. Com isso, muitos alunos da UFMT seriam afetados pela alteração, já que o VLT passa em frente à universidade.


Construção do VLT na Avenida João Ponce, em Várzea Grande. A obra foi orçada em 1,47 bilhão
(Foto de Edson Rodrigues/Secopa - Publicada em www.g1.globo.com/mato-grosso)
O problema agora é a finalização das obras do VLT, que no planejamento original ficaria pronto no ano de 2013. O prazo foi prorrogado para maio de 2014, e também não foi cumprido. A previsão agora é para o ano de 2015, mas não foi definida uma data.

Nenhum comentário:

Postar um comentário