terça-feira, 19 de agosto de 2014

Intersindical articula reunião contra a criminalização aos que lutam.

Sérvulo Neuberger

Na próxima segunda-feira, 25, às 19 horas, na ADUFMAT (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso), acontece uma reunião sobre a criminalização dos movimentos sindicais, populares e estudantis. 

As manifestações não começaram em junho do ano passado, nem as perseguições políticas que, inclusive, têm antecedentes na nossa história. Às vezes mais expostas, como na época da ditadura. Às vezes mais veladas, como no atual Estado Democrático de Direito. 

Em Cuiabá, a história não é diferente. Jelder Pompeo ressalta que, desde sua participação no Comitê de Luta pelo Transporte Público, em 2005, a repressão acontecia, assim como as prisões.

Jelder Pompeo é técnico em assuntos sociais no IFMT.
Já o assédio moral no trabalho acontece há mais tempo do que pensamos. Porém, não há uma lei específica, podendo ser julgado por conduta prevista no Artigo 483 da CLT. Alguns Estados procuram sua própria regulamentação, como o caso de Pernambuco e algumas cidades de São Paulo. 
No entanto, esses casos de assédio moral e perseguição política não são fatores isolados de uma ou outra categoria, de um setor ou outro de trabalho. Alexandre Aragão pontua a necessidade de uma articulação que seja capaz de responder a esses ataques:

Alexandre Aragão é trabalhador dos correios e dirigente sindical do SINTECT-MT.

A defesa de melhores condições de trabalho e salário é um dos direitos constitucionais do cidadão. O assédio moral e as perseguições políticas, por vezes, são assimilados pelos trabalhadores e geram uma condição de reclusão e adoecimento. Um dos modos de pressionar o trabalhador para que produza mais, em menos tempo e em condições cada vez piores de trabalho são as consecutivas suspensões ou processos administrativos. Nos casos de reincidência, cabe a demissão.

Leandro Bernardino é trabalhador do DETRAN.

Devido a essas e demais perseguições nos locais de trabalho, a Intersindical propõe que é necessário a classe trabalhadora se organizar em defesa de seus direitos. A ideia é unir os que se contrapõem às ações que criminalizam a luta por melhores condições de vida.

Rodrigo Silva é militante da Intersindical.

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