Odair de Morais e Sérvulo Neuberger
O pastor Marco Feliciano, do Partido Socialista Cristão (PSC), é
novamente candidato à Câmara dos Deputados. (Foto: Givaldo Barbosa/Extra)
O aumento do número de
candidatos pastores é gritante.
Em relação à eleição ocorrida em 2010, o número de pastores que se candidataram
aumentou 70%. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 276 candidatos inseriram o termo pastor à sua identificação na disputa a
deputado estadual ou federal, na campanha política deste ano.
Outra marca no país onde os
fiéis representam 22% da população, de acordo com o Censo 2010, do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): o Pastor Everaldo, do Partido
Socialista Cristão (PSC), é o primeiro candidato à Presidência da República a
acrescentar o vocábulo “pastor” ao nome. Conforme dados divulgados pelo Ibope dias
antes da morte de Eduardo Campos (PSB), ocorrida na semana passada (dia 13), o líder da Igreja
Assembleia de Deus figurava na quarta colocação na disputa presidencial com 3%
das intenções de voto (com e sem Campos).
Na disputa presidencial, a
tendência é que os candidatos busquem não desagradar os evangélicos no primeiro
turno. Assim, o debate sobre temas polêmicos, como o direito ao aborto ou a
união homoafetiva, deixam de ser abordados pelos candidatos à Presidência da
República que aparecem nas pesquisas com número mais expressivo de votos. Em Mato Grosso, os candidatos ao Governo do Estado creem na conquista do voto dos evangélicos.
A Psicologia Social explica que os indivíduos são socialmente influenciáveis. Sendo assim, a concepção humana de mundo está vinculada à linguagem e aos valores assimilados. Para o acadêmico do 4º ano do curso de Psicologia, Hugo Perez, "por mais que não estejam declarados, os valores religiosos têm implicações na vida política do candidato”.
Íntegra da entrevista
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