ALLAN PEREIRA
CAMILLA ZENI
JOSYANE MACHADO
CAMILLA ZENI
JOSYANE MACHADO
O trabalho diário pode ser muito
exaustivo, especialmente para aqueles que têm jornadas integrais de dois ou,
até mesmo, três turnos. Para essas pessoas, muitas vezes, apenas o final de
semana não é suficiente para repor as energias. Por isso, os feriados são muito
aguardados. Mas você sabe os verdadeiros motivos para a pausa na rotina?
A professora doutora Maria Thereza
Martha Presotti, do Departamento de História da Universidade Federal de Mato
Grosso (UFMT), explica que todas as datas comemorativas remetem a um
acontecimento do passado. “Comemoração: com memória. O feriado vai acessar a
memória de um povo e alimentar o sentimento de pertencimento, de relacionar
aquilo com as pessoas”.
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Maria Thereza Martha Presotti, professora doutora em História de Mato Grosso (Foto: Camilla Zeni) |
O 8 de março, por exemplo, Dia
Internacional da Mulher, nos remete à luta de trabalhadores por melhores
condições de trabalho e igualdades de direitos para as mulheres. A data surgiu
após o incidente de 1911 quando cerca de 150 pessoas, mulheres em suma maioria,
foram queimadas em uma fábrica de tecidos em Nova Iorque.
“Esses momentos de comemoração são
carregados de sentido. Eles fortalecem ideais sobre essa coletividade nacional,
ou outra coletividade que está sendo tratada sobre as mulheres, por exemplo. As
datas vêm carregadas de sentidos importantes para rememorar, comemorar, trazer
na memória e refletir sobre isso”, diz a historiadora.
No Brasil, o calendário conta com
oito feriados nacionais, além do dia da Confraternização Universal (1º
janeiro), sendo eles: a Paixão de Cristo (25 de março), Tiradentes (21 de abril),
o Dia Mundial do Trabalho (1º de maio), Independência do Brasil (7 de
setembro), Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro), Finados (2 de novembro),
Proclamação da República (15 de novembro) e Natal (25 de dezembro). Além
desses, são instituídos outros cinco dias de ponto facultativo, sendo dois dias
de Carnaval, o dia seguinte para a quarta-feira de Cinzas (até as 14h), Corpus
Christi e o Dia do Servidor Público (28 de outubro), sem contar os feriados
regionais e municipais.
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Doutor em Economia Aplicada, Guilherme Miqueleto, professor da Universidade Federal de Mato Grosso (Foto: Camilla Zeni) |
A lista pode até parecer extensa,
mas o Brasil, ao contrário do que se pensa, não é um dos países com mais
feriados no mundo. Um estudo realizado pela empresa americana de consultoria
Mercer mostrou que o país, mesmo com seus 14 dias de feriados e pontos facultativos, perde
para outros 20 países e ocupa a 7ª posição quando se trata de Estados com mais
folgas.
Apesar disso, há quem acredita que
os feriados causam impacto negativo para a economia, seja a do país ou a
regional. Doutor em Economia Aplicada pela Universidade de São Paulo
(Esalq/USP), o professor Guilherme Jacob Miqueleto brinca que a história não é
exatamente essa.
Para o economista, há, de fato, um
impacto na economia, só que ocasionado pelas “emendas” de feriado. É o caso do Dia de
Tiradentes (21 de abril), que em 2016 será celebrado em uma quinta-feira. Logo,
há a possibilidade de que órgãos públicos, escolas e instituições financeiras
estendam a pausa nas atividades para a sexta-feira também.
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