quinta-feira, 17 de março de 2016

A Intercom e o desenvolvimento profissional e acadêmico

DEMETRINHO DE ARRUDA
DEODATO RAFAEL

A Intercom, Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação foi fundada em 12 de dezembro de 1977, em São Paulo. Os congressos realizados por ela procuram desenvolver e estimular a troca de conhecimento entre professores, profissionais do mercado e estudantes de graduação e pós-graduação nas diversas áreas da Comunicação Social.

Os eventos são divididos em duas fases: a primeira são os congressos regionais, que acontecem nas regiões norte, nordeste, centro-oeste, sul e sudeste, geralmente entre os meses de maio e julho. A segunda fase é o congresso nacional, realizado no mês de setembro. É o maior evento na área de Comunicação Social do país, que recebe cerca de 3,5 mil inscritos. Os dois eventos são anuais.

Além dos congressos, a Intercom realiza encontros periódicos e simpósios. Em todos os anos, as sedes dos eventos são alternadas. Em 2016, o evento da região Centro-oeste será realizado na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), localizada em Goiânia, entre 19 e 21 de maio. O nacional será na Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), de 5 a 9 de setembro.

Nos eventos, as temáticas de Comunicação Social debatidas são: Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade, Rádio, Televisão, Cinema, Produção editorial para mídias digitais, Políticas públicas de Comunicação, dentre outras. Na etapa regional, cada uma delas é organizada em um Diretrizes Temáticas (DTs). No Intercom Nacional, temos os Grupos de Trabalhos (GTs). Ambos reúnem pesquisadores que trabalham com diferentes enfoques sobre o mesmo objeto, gerando uma troca de conhecimento e saberes entre os participantes.

(Foto: Deodato Rafael)


O professor da Faculdade de Comunicação e Artes da Universidade Federal de Mato Grosso, Aclyse Mattos, afirma que os eventos são extremamente importantes para o desenvolvimento da pesquisa e para a construção de saberes na área de Comunicação Social. “O evento permite a troca e o diálogo entre os pesquisadores de uma área que pesquisam o mesmo tema, mas dando enfoques diferentes. Isso faz com que tenhamos uma visão mais ampla do todo. Não há como uma só pessoa enxergar tudo, por isso é importante trocar as experiências, discutir, analisar e questionar o que está sendo debatido no Congresso. Assim, evoluímos como pesquisadores.”, disse o professor.

A estudante de Jornalismo da UFMT, Camilla Zeni, participou do congresso nacional do ano passado, sediado na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ). A estudante apresentou um trabalho sobre as "Celebridades Instantâneas nas mídias sociais”. De modo geral, Camilla gostou muito do evento, destacou que o suporte e a estrutura foram bons. Mas o que mais chamou a sua atenção foi a diversidade de temas de trabalhos apresentados. “Não tinha ideia de tamanha diversidade”.

A estudante Maria Carolina Sanches, de Publicidade, também foi ao congresso nacional do ano passado. Ela ressaltou a importância deste tipo de evento e falou sobre suas impressões. “Achei muito legal o evento, porque nas apresentações de trabalhos e nos debates, nós aprendemos sobre vários temas, o que nos dá ideias para pesquisas futuras. O ambiente com os pesquisadores, ver os debates, esse contato faz com que aprimoremos a nossa linha de pesquisa,” disse Carolina.

(Foto: Deodato Rafael)
Outro ponto importante desse tipo de congresso promovido pela Intercom é o contato com pesquisas que podem dialogar entre si, como relatou o professor Thiago Luiz, da Faculdade de Comunicação e Artes da UFMT. Sobre o evento nacional, ele firma que “a sua importância é convergir diferentes linhas de pesquisa e objetos de estudo para um mesmo local, gerando uma troca de conhecimento entre os participantes.”

O professor Pedro Pinto de Oliveira, da Faculdade e Comunicação e Artes da UFMT, ressalta a importância da pesquisa e do avanço científico para o desenvolvimento do estudante também para o mercado de trabalho. “É importante o estudante começar a pensar na pesquisa, começar a pensar nessas pesquisas relacionadas inclusive às suas práticas profissionais futuras, e também de relacionar essa fundamentação teórica com as suas práticas profissionais. Por isso essa experiência é importante”, potuou.

Os estudantes que desejam participar do evento devem ficar atentos para os prazos e períodos de submissão de trabalhos. Qualquer pessoa interessada pode participar do evento, sendo como ouvinte ou para apresentar trabalhos. A edição regional deste ano está com inscrições abertas: ela acontecerá de 19 a 21 de maio. Para inscrição e mais informações acesse o site do evento. 

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