sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Um 'viva' ao feriado da Consciência Negra

LUIZA GONÇALVES
[Foto: escolanarcisomacedo.blogspot.com]
Sabemos que viemos de uma sociedade escravagista, e, por isso, carregamos resquícios da escravidão. Mas ainda em nossos tempos atuais podemos presenciar muito preconceito. A luta ainda não acabou, precisamos ainda correr atrás dos nossos direitos. Já que a própria Constituição nos assegura isso. Como tantas outras datas que fazem parte do nosso calendário, a Consciência Negra não poderia passar despercebida, até porque fazemos parte de uma nação diversificada.

De acordo com a estudante Joycy Ambrósio, do 5º semestre  de Jornalismo, "o dia é necessário porque, no mundo inteiro, existe uma raça dominante, que é o povo branco. Ainda hoje alguns tratam o povo negro como se fossem animais, então eu acho necessário o Dia da Consciência Negra para que haja uma conscientização".

Graças ao professor e pesquisador Oliveira Silveira, foi possível comemorar o Dia Nacional da Consciência Negra. O mesmo escolheu o 20 de novembro, por ter sido o dia da morte de Zumbi dos Palmares, que ocorreu em 1695. Em memoria a Zumbi dos Palmares, ícone da resistência negra ante a escravidão, a data foi escolhida.

[Foto: http://www.blogdilmabr.com/no-dia-da-consciencia-negra-brasil-tem-muito-a-comemorar/]
Em 2003, a Lei Federal nº 10.639, incorporou o Dia Nacional da Consciência Negra no calendário Escolar, exigindo o ensino sobre história e cultura afro-brasileira nas escolas de ensino fundamental e médio, públicas e particulares. Dessa forma, os professores devem incluir em seus programas aulas sobre: História da África e dos Africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional. O site do ministério da educação (MEC) disponibiliza publicações sobre o tema.

O dia nacional da consciência negra ainda não é feriado nacional. Mas existe um projeto de lei tramitando no Congresso que busca instituir isso. O mesmo foi aprovado em outubro deste ano, e agora só está à espera da sanção da presidente.

Segundo o estudante Victor Vinicius, do 2º semestre do curso de letras da UFMT, " é uma data muito importante porque um povo não deve esquecer sua história. Não se trata de negros que foram escravizados, mas de seres humanos. Isto não deve ser esquecido na historia.

Sentir-se e aceitar o ponto de vista do negro e valorizar sua contribuição em todos os aspectos culturais não só diz respeito aos afros-descendentes. Porém, todos nós somos frutos de uma sociedade multicultural: a sociedade brasileira.

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