ISABELA MEYER
No início da colonização brasileira, os negros foram
aprisionados e trazidos ao Brasil, principalmente pelos portugueses, como mão de
obra escrava. Além do trabalho, eles contribuíram com alguns aspectos
enraizados hoje na nossa cultura, como música e dança, no que condiz ao
maracatu e ao samba; na culinária, da feijoada de domingo em muitas casas
brasileiras; e na religião, como o candomblé e umbanda, que sofrem muita
discriminação.
No vídeo abaixo, o estudante de Jornalismo, Leandro Nogueira da Silva, 32,
comenta um pouco sobre o Vale do Amanhecer e outras religiões de matriz africana e a relação da sociedade brasileira com elas.
Participante do Vale do Amanhecer desde o final de 2013, ele afirma que “encontrou tudo o que buscava”, mas muito ainda precisa ser feito para que a população quebre a barreira do preconceito.
“Sou cristã, mas isso não me dá o direito de sair por aí cometendo agressões contra meus irmãos e justificando justiça da palavra de Deus", afirma a jornalista Luciana Souza. “Se faço isso, já estou descumprindo os mandamentos que sigo”, conclui.
“Sou cristã, mas isso não me dá o direito de sair por aí cometendo agressões contra meus irmãos e justificando justiça da palavra de Deus", afirma a jornalista Luciana Souza. “Se faço isso, já estou descumprindo os mandamentos que sigo”, conclui.
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A jornalista Luciana Souza, que afirma ser contra o preconceito sofrido por outras religiões [Foto: Facebook] |
A
universidade tem desenvolvido um papel fundamental junto a essas questões, com
ações que integram grande parte dos elementos da cultura afro-brasileira com danças,
culinária e muita arte.
No
dia 19 de novembro, véspera de feriado do Dia da Consciência Negra, aconteceu o Armazém da Consciencia Negra, no bosque do Teatro Universitário da UFMT. No dia 20,
feriado, a partir das 16 horas, ocorre o 20 de novembro na UFMT: Resistir, existir e ocupar, evento organizado pelo Coletivo Negro da Universidade com o intuito de
celebrar a contribuição da cultura negra para a nossa sociedade, que, entretanto, não a valoriza como deveria.
Para a pedagoga Janaína
Tomé, eventos como esse dentro da universidade “são de suma importância
para que nos lembremos de onde viemos, nossa história, nossa raiz. Que fazemos
parte dessa cultura, que somos brancos, índios e, sim, somos negros. Isso é ser
brasileiro”.
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A pedagoga Janaína Tomé acredita que devemos orientar e mostrar a importância da valorização da cultura negra, expondo sua história e riquezas [Foto: Facebook] |
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