sexta-feira, 22 de maio de 2015

"Não queremos elogios, queremos respeito."

Movimento feminista cresce dentro da universidade

BRUNA ULIANA
KARINA CABRAL


Pichação anônima na UFMT

Nos últimos anos, o movimento feminista ganhou um espaço cada vez maior na sociedade. O assunto se popularizou graças às discussões em redes sociais, e hoje em dia é possível encontrar coletivos feministas em qualquer cidade, o que não acontecia com tanta facilidade antes.

O feminismo busca, em essência, direitos iguais entre gêneros através do empoderamento feminino e da libertação dos valores patriarcais. Os preconceitos acerca do tema, que ainda são muitos, têm diminuído com a propagação do movimento na internet, em coletivos presenciais, na televisão e em outros segmentos midiáticos.

Um dos lugares onde mais se tem espaço para discussões sobre feminismo – além de outros temas sociais – é a universidade. A estudante Bianca Fujimori, que cursa Jornalismo e se considera feminista, conheceu o movimento há três anos e vê avanços significativos em relação ao tema. “A popularização do termo ‘feminista’ mostra uma mudança nos comportamentos da sociedade, e isso é importante para a libertação das mulheres tanto sexualmente, quanto socialmente”, ela diz.

Bianca Fujimori, 20

Na UFMT, um coletivo feminista foi criado no início do ano com o intuito de promover estudos sistematizados sobre o feminismo, denunciar abusos que ocorrem na universidade, buscar conquistas em espaços públicos e privados, além de construir um laço de solidariedade entre mulheres. “O coletivo surgiu primeiro pela necessidade das mulheres da universidade de se organizarem contra a opressão, de se protegerem e cobrarem coisas e medidas da universidade. Juntando a necessidade com a demanda de superação da opressão da mulher e da libertação do patriarcado, surgiu o coletivo”, conta Viviane Motta, estudante de Ciências Sociais e uma das participantes do coletivo.

Pichação anônima na UFMT

Com reuniões semanais e aberto também para pessoas de fora da universidade, o grupo agrega mulheres de diferentes correntes feministas, o que não tem sido visto como um problema pelas participantes. “Mesmo com algumas divergências ideológicas, temos lutas em comum que nos unem”, diz Viviane. Elas ainda explica com mais detalhes o movimento existente na UFMT:

Nenhum comentário:

Postar um comentário