ANA PAULA DOS SANTOS
BRUNA ULIANA
Cartaz exposto no Instituto de Linguagens da UFMT - Campus Cuiabá [Foto: Ana Paula] |
Um confronto entre professores manifestantes e policiais
deixou mais de 100 feridos no último dia 30, em Curitiba. Desde então, o assunto
ganhou grande repercussão em todo o Brasil. Em meio a boatos de greve,
professores e alunos do campus da Universidade
Federal de Mato Grosso [UFMT] em Cuiabá se mostraram indignados com o
ocorrido e solidários aos professores paranaenses.
“É direito do professor reivindicar melhores salários,
assim como os docentes das universidades federais vão fazer agora”, opina
Rafael Cancian, estudante do 5º semestre de Jornalismo da UFMT. Segundo ele, houve
excessos e violência na forma como a manifestação foi contida pelos policiais.
“É uma coisa inadmissível o professor, que pertence a uma classe de trabalhadores, ser
tratado como um bandido, pior que bandido”.
Julia Oviedo e Rafael Cancian, estudantes de Jornalismo da UFMT/Cuiabá [Foto: Bruna Uliana] |
Julia Oviedo, também estudante de Jornalismo na UFMT, se
diz indignada com a postura como a polícia lida com protestos de qualquer
classe. “As manifestações, independente do viés que elas têm, partem da
prerrogativa de que qualquer cidadão tem direito à liberdade de expressão e a
reivindicar seus direitos. E quando se ataca principalmente os professores é
ainda mais inadmissível, porque eles participam ativamente da formação da
sociedade”, diz. A aluna também observa que há um despreparo do Estado em
relação a essas questões e que a postura da polícia é um reflexo disso.
Os professores paranaenses estão em greve desde o dia 25 de
abril e protestavam contra a ParanáPrevidência, projeto de lei que
promove mudanças na previdência social dos servidores estaduais, aprovado em 29 de abril. No confronto do dia seguinte, os professores foram contidos com balas de
borracha, bombas de efeito moral e ação de cães da PM, que agia sob ordens do
governador Beto Richa (PSDB) e do secretário de Segurança Pública, Fernando
Francischini.
Nenhum comentário:
Postar um comentário