HELEN RAQUEL
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Ponto de ônibus da Fernando Correa, próximo a UFMT [Foto: Helen Raquel] |
Nos
pontos de ônibus de Cuiabá, é possível ouvir inúmeras reclamações sobre o
transporte público. Falta ônibus nos horários de pico, não tem ar
condicionado, os veículos estão velhos e vivem quebrando, têm regiões em que há
apenas uma placa informando ser ponto de ônibus, sem nenhuma estrutura para
proteger os usuários do sol, são algumas queixas.
Lucas Vinícius Rodrigues de Oliveira,
auxiliar de operações comerciais e estudante de Ciências Contábeis da UFMT,
utiliza esse tipo de transporte todos os dias, concorda com as reclamações dos
outros passageiros e ainda acrescenta: “A forma de cobrança da passagem é
inadequada”. Sobre o aumento da tarifa, afirma que não reclamaria do valor, se
melhorassem a qualidade.
Ponto de ônibus da principal avenida do bairro São Francisco, em Cuiabá [Foto: Helen Raquel] |
No dia 26 de janeiro deste ano, o valor da tarifa do
transporte passou de R$ 2,80 para R$ 3,10, a terceira mais cara entre as capitais do país, só perdendo para Rio de Janeiro e São Paulo. Isso gerou a revolta de alguns usuários.
Nos dois dias seguintes ao aumento [27 e 28], dois ônibus foram encontrados
queimados no bairro Voluntários da Pátria. Eles faziam a linha 720, Pedra 90.
Ainda no dia 28, às 17h, houve uma manifestação contra o aumento da passagem com
aproximadamente 150 pessoas na praça Ipiranga, centro histórico de Cuiabá.
Dorilene Cristiane da Chaga, auxiliar de
serviços gerais relatou que com esse aumento o orçamento ficou muito apertado, e
a qualidade dos ônibus não é boa. Porém, não concorda com os incêndios aos
veículos: “Têm outras formas de mostrar que o aumento é injusto. Uma delas é fazer um abaixo assinado”.
Além da população - em sua maioria - não
concordar com o valor pago pela passagem, o grande problema é a precariedade,
pois os veículos que circulam pela capital não estão atendendo os usuários com qualidade.
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