JULIA OVIEDO
Os gays existem. Sim, existem e estão cada vez mais ganhando
visibilidade. Por mais estranha que pareça essa afirmação, é uma frase
pertinente se pensarmos que há alguns anos não era tão comum encontrar
homossexuais assumidos e com orgulho, mostrando suas individualidades, sem medo
de represálias. No entanto, a humanidade evoluiu, e hoje as diferenças são
percebidas, comentadas e mais aceitas. Será?
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[Foto: www.google.com.br] |
O esperado é que em um ambiente onde as mentes são abertas e
o estudo e a bagagem cultural, maiores, essas diferenças sejam respeitadas. Logo,
dentro de uma instituição de ensino superior, como a Universidade Federal de Mato Grosso [UFMT],
se espera uma aceitação maior de orientações sexuais, culturas, estilos e tudo
mais. Porém, com tantas pessoas com diferentes pensamentos e variados cursos, não
é tão fácil que exista a convivência sem estranhamentos.
Dentro da UFMT vemos uma separação comportamental grande
entre os cursos. De um lado, existem cursos como a Comunicação Social, em que, segundo os próprios estudantes, é um local confortável para os gays. A
estudante do 4º semestre de Jornalismo, Joycy Ambrosio, diz que entre os alunos
do curso a liberdade é maior.
Até mesmo entre os estudantes heterossexuais da Comunicação
Social, a aceitação e o respeito estão presentes. O aluno do 7º semestre de
Rádio TV, Ekesio Rosa da Cruz [Keko], diz que não sente que seus colegas
homossexuais são tratados de forma diferente dentro do curso.
Facilidades de um lado, dificuldades de outro. Se entre
alguns cursos os gays podem se sentir seguros, em outros a situação muda.
Quando buscamos cursos com grande porcentagem de homens, fica notável
que a tolerância é menor.
Um caso claro é o do aluno Kevin Matarazzo, que cursa
Zootecnia. Ele relata que seu estilo diferenciado dificulta suas relações
dentro do curso. E o preconceito ainda é grande.
Com esse mix de comportamentos dentro da universidade,
encontramos uma prévia do futuro e do presente. Os acadêmicos de hoje são os
profissionais de amanhã. E são eles parte da sociedade. A grande questão é: o
respeito e a tolerância dependem da orientação sexual de uma pessoa ou essa é
uma prerrogativa de todos cidadãos?
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