quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Homossexuais na UFMT: tolerância e preconceito

CARLOS MAFRA
JULIA OVIEDO

Os gays existem. Sim, existem e estão cada vez mais ganhando visibilidade. Por mais estranha que pareça essa afirmação, é uma frase pertinente se pensarmos que há alguns anos não era tão comum encontrar homossexuais assumidos e com orgulho, mostrando suas individualidades, sem medo de represálias. No entanto, a humanidade evoluiu, e hoje as diferenças são percebidas, comentadas e mais aceitas. Será?

[Foto: www.google.com.br]

O esperado é que em um ambiente onde as mentes são abertas e o estudo e a bagagem cultural, maiores, essas diferenças sejam respeitadas. Logo, dentro de uma instituição de ensino superior, como a Universidade Federal de Mato Grosso [UFMT], se espera uma aceitação maior de orientações sexuais, culturas, estilos e tudo mais. Porém, com tantas pessoas com diferentes pensamentos e variados cursos, não é tão fácil que exista a convivência sem estranhamentos.

Dentro da UFMT vemos uma separação comportamental grande entre os cursos. De um lado, existem cursos como a Comunicação Social, em que, segundo os próprios estudantes, é um local confortável para os gays. A estudante do 4º semestre de Jornalismo, Joycy Ambrosio, diz que entre os alunos do curso a liberdade é maior.

Até mesmo entre os estudantes heterossexuais da Comunicação Social, a aceitação e o respeito estão presentes. O aluno do 7º semestre de Rádio TV, Ekesio Rosa da Cruz [Keko], diz que não sente que seus colegas homossexuais são tratados de forma diferente dentro do curso.

Facilidades de um lado, dificuldades de outro. Se entre alguns cursos os gays podem se sentir seguros, em outros a situação muda. Quando buscamos cursos com grande porcentagem de homens, fica notável que a tolerância é menor.


Um caso claro é o do aluno Kevin Matarazzo, que cursa Zootecnia. Ele relata que seu estilo diferenciado dificulta suas relações dentro do curso. E o preconceito ainda é grande.


Com esse mix de comportamentos dentro da universidade, encontramos uma prévia do futuro e do presente. Os acadêmicos de hoje são os profissionais de amanhã. E são eles parte da sociedade. A grande questão é: o respeito e a tolerância dependem da orientação sexual de uma pessoa ou essa é uma prerrogativa de todos cidadãos?

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