Segundo professora, atividades ao ar livre são mais gratificantes.
IBGE aponta que 46% dos brasileiros não fazem atividade física.
ANDRÉ SOUZA/EMILLY CASSIM
Ao transitar pela UniversidadeFederal de Mato Grosso [UFMT], campus Cuiabá, é possível presenciar a grande
quantidade de pessoas que utilizam os espaços da instituição para a prática de
atividades físicas ao ar livre. Os horários mais propícios para esses exercícios
são durante a manhã e o final da tarde, quando a temperatura é mais amena. Mas o período pode variar de acordo com a disponibilidade do praticante.
A atividade física não
é unanimidade entre os brasileiros. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística [IBGE], 46% dos brasileiros não se exercitam o
suficiente. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada pelo órgão. A
carência de locais adequados é, possivelmente, um dos fatores que influenciam esse
índice.
A falta de opções para
a realização de atividades físicas na capital faz com que a população escolha
os espaços da UFMT, que não são totalmente adequados, mas ainda assim apresentam
o mínimo de infraestrutura necessária. Nos ambientes da Universidade são
realizadas as mais diversas práticas, como: caminhada, corrida, skate e slackline.
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No slackline, uma fita de nylon, estreita e flexível, é amarrada em dois pontos para desafiar o equilíbrio do praticante [Foto: www.g7nutricaoesportiva.com.br] |
A aposentada Ilda
Matos, 67, caminha três vezes por semana na UFMT durante a manhã, e garante
que os exercícios já trouxeram benefícios para sua saúde. “Eu faço a minha
caminhada sempre de manhã, é mais fresco. Eu já emagreci, minha pressão
amenizou. Até os remédios que eu tomo já diminuíram”. A aposentada mora no
Bairro Goiabeiras e se desloca 10 km até o Boa Esperança, onde a Universidade está
localizada. Para ela, muitas pessoas, principalmente
idosos, deixam de realizar exercícios por conta dessa distância e da
dificuldade de locomoção.
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A aposentada Ilda Matos durante caminhada na UFMT [Foto: Emilly Cassim] |
Para a professora de Educação Física, Ana Carrilho, independente do horário o importante é a realização de atividades físicas. “Hoje, talvez o maior desafio seria fazer a prática. Se a pessoa faz, já é um grande avanço, e isso independe do horário”, disse. Ainda segundo Carrilho, a prática ao ar livre é mais gratificante e estimula o psicofísico do praticante. Um ponto importante para a professora é o acompanhamento profissional em qualquer atividade física. “As práticas necessitam de acompanhamento profissional, seja ele na primeira atitude, que é a médica, para ver as condições físicas, e vai até conhecer e escolher a melhor prática”, ressaltou.
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Ana Carrilho, professora do Departamento de Educação Física da UFMT [Foto: André Souza] |
Caso os
acompanhamentos mais rigorosos de médicos e personal trainers não sejam
acessíveis à população, Carrilho indica o Núcleo de Aptidão Física da UFMT que faz esse trabalho com a comunidade.
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