quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Curso de jornalismo da UFMT deve passar por reestruturação física e curricular

ANDRÉ SOUZA
EMILLY CASSIM

Em setembro de 2013, o Ministério da Educação [MEC] aprovou as novas diretrizes curriculares para os cursos de Jornalismo de todo o país. Desde então, todas as universidades que oferecem a graduação iniciaram um processo de reformulação e mudanças não só na parte teórica, mas também em âmbito estrutural. Na Universidade Federal de Mato Grosso [UFMT], os responsáveis têm trabalhado para que a reestruturação seja efetivamente aplicada.

As mudanças foram bem recebidas pelos alunos do curso de Comunicação Social. Eles esperam que com a aplicação da nova grade curricular, além de melhorias e avanços, cada habilitação [Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Rádio e TV] foque nas formações específicas das suas respetivas profissões.

Com a renovação do curso, uma das maiores expectativas dos estudantes gira em torno da reestruturação física, que deverá atender às novas especificidades dos cursos. Na nova grade, o tronco comum – em que as três habilitações estudam, juntas, disciplinas que abrangem teorias válidas para todas – deixará de existir para dar espaço às práticas específicas de cada curso.

O aluno  de Publicidade e Propaganda, Yuri da Silva Peixoto, aguarda uma atualização de softwares e materiais, enquanto Joyce Ambrósio, acadêmica de Jornalismo, espera mais atividades práticas ao longo do curso. 


 Camila Cabral, também estudante de Jornalismo, tem a expectativa de uma renovação no quadro de professores.


Para o chefe de Departamento, Javier Eduardo Lopez Diaz, a grande dificuldade para concluir a reforma estrutural do Instituto é vencer a burocracia da máquina pública. "Qualquer reestruturação física passa por problema de verbas públicas", disse. Segundo Diaz, o fato das empresas que participam de licitações públicas não estarem em dia com a prestação de contas atrasa todo o cronograma. "A obra das novas sala de aula era para estar pronta no dia de 31 de outubro do ano passado. Três empresas, das cinco que foram licitadas e tinham sido aprovadas, foram desqualificadas, o que trouxe uma retração na verba disponibilizada", contou.

Conforme explica Diaz, a administração superior vem dando apoio e suporte para as reformas pretendidas. "A reitoria nunca tem negado, dito 'não, não dá'. Realmente, eles estão cumprindo com aquilo que nos prometeram, mas tem coisa que foge da alçada do poder deles". Alguns equipamentos já foram adquiridos, mas só serão instalados após a entrega do novo bloco.  Javier contou que o bloco deve conter um novo auditório, salas de aula. Quanto a equipamentos, novas câmeras devem ser adquiridas. 

Estudantes do curso de Publicidade e Propaganda na aula prática em laboratório
[Foto: André Souza]

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