Os Grupos contaram com
16
artigos inscritos, número que envolveu 30 cientistas
THIAGO CURY
“Pra que estudar história, se o que já aconteceu ficou no
passado?”. É provável que algum dia você já tenha ouvido um comentário assim ou
qualquer coisa parecida. Porque julgar que a história não influencia o tempo
presente e nem auxilia na compreensão do que está por vir é algo normal.
No intuito de remar contra essa maré, a Universidade Federal de Mato Grosso [UFMT], por
meio do Departamento de Comunicação Social, sediou o 2º Encontro da Rede
Alcar Centro-Oeste de História da Mídia, nos dias 30 e 31 de outubro. O
tema deste ano foi 50 anos do golpe
militar no Brasil. Todas as atividades ocorreram no Instituto de Linguagens
[IL].
Na última sexta-feira [31], além das conferências, os GT’s
[Grupos de Trabalho] tentaram manter a história viva. Ao todo, foram oito
espalhados por quatro salas de aula do IL: 1]
História da Publicidade e da Comunicação e 2] História da Mídia Digital; 3]
História da Mídia Impressa e 4] História
do Jornalismo; 5] História da Mídia
Audiovisual e 6] História da Mídia
Sonora; 7] Historiografia da Mídia e
8] História da Mídia Alternativa.
Foi a oportunidade de pesquisadores – estudantes, professores e graduados –,
tanto da UFMT como de outras instituições, apresentarem seus trabalhos.
No GT de História da Mídia Impressa e História do
Jornalismo, Réulliner Rodrigues da Silva, docente no curso de Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso
[Unemat], em Alto Araguaia, apresentou pesquisa intitulada Sobre o curso de Jornalismo de Alto Araguaia, interior de MT. Réulliner,
que produziu o trabalho em parceria com Lawrenberg Advíncula da Silva, também
professor da Unemat, afirma que “os estudos acerca do ensino de Jornalismo em
Mato Grosso ainda são pouco explorados, e, por isso, decidimos trazer o
trabalho para a Alcar”.
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Réulliner e Suellen [primeiro plano], ambos da Unemat, discutem seus trabalhos [Foto: Thiago Cury/UFMT] |
Suellen Silva de Alencar, recém formada no curso de
Jornalismo da Unemat/Alto Araguaia, expôs Cultura
no jornal impresso: um estudo de caso sobre o caderno “Vida” do jornal “A
Gazeta”, artigo produzido com seu orientador de monografia, professor
Gibran Lachowski. “Acredito que meu trabalho tem relação com a História da
mídia impressa, que é tema deste GT, além de ser uma área na qual pretendo me
aprofundar”, explicou Suellen, justificando sua presença no evento.
Mas as apresentações não se restringiram a pesquisadores do
Estado. Luciana Reis Macedo, recém formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins, em Palmas,
apresentou O jornal “Norte de Goyáz” e as
lutas pela criação do Estado do Tocantins. O artigo foi gerado a partir de
sua monografia, tendo como co-autora Verônica Dantas Menezes, sua orientadora
na graduação. “A ideia, incentivada pela minha professora, era vir para Cuiabá
no intuito de que a pesquisa ficasse conhecida além do nosso Estado”.
A Associação Brasileira de Pesquisadores de
História da Mídia [Alcar] promove, nos anos pares, cinco eventos regionais.
Nos anos ímpares, a edição é nacional. Ano que vem, Porto Alegre será sede. Pela
segunda vez, o Centro-Oeste recebeu o evento. Em 2012, a cidade de Dourados-MS
foi a anfitriã.
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