Caio Pimenta e Luiz Henrique
Segundo dados da Associação Matogrossense dos Transportadores Urbanos (MTU), a frota de veículos
disponíveis em Cuiabá e Várzea Grande é de 550 veículos. A Prefeitura da capital, por intermédio de concessão, repassou a quatro empresas [Norte Sul Transportes, Pantanal Transportes, União Transporte e Integração Transportes] o direito de operar esse serviço público. Em Cuiabá, 280 mil pessoas utilizam esse meio de transporte
diariamente, pagando tarifa de R$ 2,80.
Muitos usuários do transporte coletivo
são estudantes. Em 2001, a lei do “Passe Livre”, sancionada pelo então prefeito
Roberto França, trouxe benefícios para os estudantes. Para ter direito ao passe
livre, o aluno precisa morar, no mínimo, a dois quilometro da sua unidade escolar.
De lá pra cá muitas coisas mudaram, como a implementação da bilhetagem
eletrônica a partir de 2005, com objetivo de propiciar maior segurança dentro dos ônibus.
Em relatório divulgado no ano de 2013
pela MTU, aproximadamente 50 mil estudantes utilizam o benefício do passe livre. Destes, cerca de 22 mil são estudantes da rede estadual; 21 mil estudantes da rede privada; três mil da rede municipal e 1.161 alunos de
instituições federais.
Em Várzea Grande, cidade da região
metropolitana de Cuiabá, não há passe livre como na capital. É concedida uma
redução de 50% no valor da passagem, e o usuário arca com o restante. A passagem
cheia em Várzea Grande é de R$ 2,85. Sara Espírito Santo, 19, é
estudante de Publicidade na Universidade Federal de Mato Grosso. Usuária do transporte coletivo, ela afirma que é comum realizar o percurso em pé por estar frequentemente lotado.
Edyeverson Hilário, de 21 anos, é estudante
de Jornalismo e também mora em Várzea Grande. Ele reclama das condições de
conservação dos veículos e do tempo que leva para chegar à universidade.
Muitos veículos que rodam na capital
mato-grossense são antigos e mal conservados. São poucos os ônibus com
ar condicionado [ao longo do ano, nas manhãs e tardes, as temperaturas ficam acima dos 30°C]. Muitos carros também são apertados, sem espaço suficiente para
movimentação dos passageiros.
Outro problema apontado pelos usuários é
o baixo número de veículos nas diversas linhas existentes, o que, consequentemente, deixa os coletivos lotados em horários de pico. Bruno,
estudante de Medicina Veterinária na UFMT, aponta os problemas que enfrenta no dia a dia com o transporte público.
Outra alternativa: o VLT
Com a vinda de um grande evento esportivo em Cuiabá, a Copa do Mundo, lançou-se a construção de um novo modelo de transporte, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Ele teria dois eixos, passando por Várzea Grande e Cuiabá. De acordo com o projeto, nos trechos com trilhos não haveria mais circulação de ônibus. Com isso, muitos alunos da UFMT seriam afetados pela alteração, já que o VLT passa em frente à universidade.
O problema agora é a finalização das
obras do VLT, que no planejamento original ficaria pronto no ano de 2013. O
prazo foi prorrogado para maio de 2014, e também não foi cumprido. A previsão agora é para
o ano de 2015, mas não foi definida uma data.
Com a vinda de um grande evento esportivo em Cuiabá, a Copa do Mundo, lançou-se a construção de um novo modelo de transporte, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Ele teria dois eixos, passando por Várzea Grande e Cuiabá. De acordo com o projeto, nos trechos com trilhos não haveria mais circulação de ônibus. Com isso, muitos alunos da UFMT seriam afetados pela alteração, já que o VLT passa em frente à universidade.
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Construção do VLT na Avenida João Ponce, em Várzea Grande. A obra foi orçada em 1,47 bilhão (Foto de Edson Rodrigues/Secopa - Publicada em www.g1.globo.com/mato-grosso) |
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