Desirêe Galvão, Gabriela Poletto, Isabela Mercuri
A Copa do Mundo de Futebol acabou no dia 13 de julho e a
maioria dos turistas já foi embora. Em Cuiabá, os legados são, principalmente, obras inacabadas. Foram vinte e três planos para melhoria da mobilidade urbana
na capital, incluindo alargamento e duplicação de vias, e cerca de R$3 bilhões
de reais investidos, mas até agora os benefícios prometidos não chegaram à
população.
Ivana Fernandes mora no Santa Terezinha (bairro localizado
perto da saída da cidade para Santo Antônio do Leverger) e vem duas vezes por
semana à Universidade Federal de Mato Grosso trazer sua filha para aulas de
ginástica artística. Ela diz que a Copa não promoveu melhorias: “O saldo seria positivo se as obras fossem finalizadas e o VLT estivesse funcionando”.
O Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) funcionaria como um metrô
de superfície, e deveria ligar o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, aos
bairros do CPA e à área do Coxipó até o Centro, com 33 estações. O prazo para
que o veículo começasse a funcionar era março de 2014, e o valor inicial foi de
1,47 bilhão. Veja no vídeo um dos trechos onde o VLT já deveria estar passando:
Centros de Treinamento Oficiais (COT)
No início dos planejamentos, a intenção era construir quatro
COT's em Cuiabá: um na UFMT, um no Estádio Dutrinha, um na Morada do Ouro e um
em Várzea Grande, na região da Barra do Pari. No entanto, dois projetos foram
interrompidos (Dutrinha e Morada do Ouro) e um não foi usado na Copa (Pari). Já o da UFMT
teve o gramado cedido apenas para o treinamento da seleção sul-coreana e está
fechado até que a obra seja concluída e a Universidade assuma a
responsabilidade sobre o local.
Veja no vídeo a situação do COT da UFMT:
Os alunos de Educação Física esperam com ansiedade a
abertura do Centro de Treinamento e acreditam que este é um legado importante
para o curso. “Vai ser bom para os laboratórios de pesquisa do Nafimes [Núcleo
de Aptidão Física, Informática, Metabolismo, Esporte e Saúde], aos cursos de
extensão e às aulas de atletismo e futebol”, disse Paloma Nara, estudante do 5º
semestre.
O projeto do COT inclui um campo de futebol de medidas oficiais (105m x 68m) e uma pista de atletismo de alto desempenho, a única do Estado que
terá padrões internacionais de competição (400 metros de extensão e área total de mais de seis mil metros quadrados), além das arquibancadas com
capacidade para 1500 torcedores.
Sobre isso, veja a opinião de Matheus Souza, estudante do 3º semestre de Educação Física:
Sobre isso, veja a opinião de Matheus Souza, estudante do 3º semestre de Educação Física:
Arena Pantanal
O estádio construído em Cuiabá para o mundial foi
considerado pelos torcedores um dos melhores do país. Em uma pesquisa realizada pelo portal UOL, a Arena ficou em segundo lugar com nota 9,2. A primeira posição ficou com a Arena Fonte Nova, em Salvador, com pontuação 9,7. Os quesitos avaliados
foram comida, facilidade de acesso, ajuda dos voluntários, sinal de celular, segurança
e limpeza e conforto. Em último lugar ficou o Estádio do Maracanã (RJ), sede da final da Copa, com nota 7,4.
Contrariando as expectativas dos pessimistas, que
acreditavam que a Arena ficaria subutilizada, desde o final da Copa já
aconteceram oito jogos e um show no local. E não foi só a Arena que causou boa impressão. Um dos
maiores elogios dos turistas foi a receptividade do povo cuiabano. É o que nos
conta a estudante Stela de Oliveira, 5º semestre de Publicidade e Propaganda da
UFMT:
Os projetos de infraestrutura desenvolvidos para a Copa não
desagradam completamente os cidadãos. No entanto, as falhas na execução deles
causaram transtornos à vida dos cuiabanos, que esperam a solução o mais rápido
possível.
Galeria de fotos
Viaduto da Av. Fernando Correa |
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Matheus Souza, estudante |
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Centro de Treinamento da UFMT |
Ivana e Márcia, moradoras de Cuiabá |
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