ARILDO LEAL
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Homenagem ao poeta Adir Sodré (Foto: Arildo Leal) |
A literatura é, ao mesmo tempo, a memória do imaginário de uma
determinada cultura que a projeta dos seus atuais sonhos mais íntimos para um
futuro a ser construído, mas baseado em acúmulos passados – em sociedades já
mortas. A diferença entre elas é vasta: leva-se em conta a cultura, as
influências, a capacidade de renovação, bem como a preservação de certos
valores clássicos em momentos específicos.
Com a Literatura Brasileira produzida em Mato Grosso não é
diferente: o seu desenvolvimento começa
a tomar forma com a fundação de Academia de Letras Estadual (1932) por – dentre
outros - Ulisses Cuiabano. A falta de informações, seja nas escolas, seja na
grande mídia, é sentida facilmente. “Nós temos uma literatura muito boa, mas a própria faculdade
de Letras não valoriza. Pensam que, por ser marginal, não possui qualidades”,
declara Felipe Camargo, estudante do curso de Letras da UFMT.
Segundo a lei estadual nº 5.573 de 1990, deveria haver
obrigatoriedade do ensino da disciplina de Literatura em Mato Grosso no segundo
grau e da inclusão de sua temática na disciplina de Literatura Brasileira no
primeiro grau, porém tal decreto não é executado nem no ensino superior.
“Sou de fora [Minas Gerais], e para ter contato sei que não
poderei contar com aulas, o que é uma pena, pois deveria ser lembrada,
principalmente os autores que estão surgindo – de modo a propagá-los”, relata Rebeca
Zanon, estudante de Letras da UFMT.
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Instituto de Linguagens (IL), um lugar-chave na cultura regional (Foto: Arildo Leal) |
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